Educação de qualidade está entre metas do Codese

Por 31/10/2016 Notícias, Sindicato

Um dos principais objetivos da Câmara Técnica é atender a demanda por vagas em creches

Flavio OKPromover uma educação pública de qualidade, com acesso e permanência do maior número possível de alunos, sobretudo, na educação infantil. Essa é a meta da Câmara Técnica de Polo Educacional do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), que estabeleceu uma série de metas a serem buscadas a partir de 2017, com a posse do novo prefeito da Capital. Segundo o presidente da Câmara, Flávio Roberto de Castro, que também preside o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (SEPE-GO), a falta de vagas para crianças nas unidades de ensino é preocupante.

De acordo com Castro, a Secretaria Municipal de Educação informou, no ano de 2015, que cerca de 3 mil crianças ficariam sem vagas na educação infantil para o ano de 2016. “Depois disso, o dado aumentou para 5 mil crianças fora da sala de aula”, conta. Segundo o presidente, os candidatos à Prefeitura de Goiânia chegaram a informar um número de 10 mil crianças. “Cinco mil crianças não atendidas é um dado muito preocupante e precisa ser zerado”, considera.

De acordo com Flávio, das crianças que não têm acesso à creche, muitas também não conseguem matrícula para a alfabetização. “Isso vai virando um ciclo, porque essas crianças que não são atendidas na alfabetização, consequentemente, não tem acesso às outras fases da escolarização. Isso gera o ócio e o aumento de muitos outros dados alarmantes, como os relacionados à violência e insegurança”, acredita.

Por esse motivo, um dos principais objetivos da Câmara Técnica é atender a demanda por vagas em creches, para crianças de 0 a 3 anos de idade, inclusive contemplando o Plano Municipal de Educação, aprovado em 2015 na Câmara Municipal de Goiânia. “O próximo passo é universalizar a educação infantil para crianças de 4 e 5 anos de idade”, completa. Conforme lembra, muitos pais conseguem trabalhar sem colocar os filhos na creche, mas a partir da idade de alfabetização essa já não é uma escolha. “É lei, a criança tem de ter acesso à escola”, emenda Castro.

Outra questão bastante enfatizada pela Câmara é a educação em tempo integral. “Isso (a escola em tempo integral) facilita a educação das famílias e evita que as crianças passem tempo fora de casa e da escola. Invariavelmente, teremos um aumento no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é o principal objetivo do Codese”, explica o presidente, se referindo à meta da entidade para o ano de 2033. A ideia central é que a Capital esteja entre as dez melhores cidades brasileiras para se viver até o ano de seu centenário. “O IDH é a régua para a elaboração desse ranking”, lembra.

Flávio de Castro reforça ainda que o princípio básico da educação é o acesso a todos e a permanência de 100% na escola. “Após a permanência, temos de pensar no êxito desse projeto de ensino”, diz. A principal preocupação é que, em Goiânia, não existe sequer acesso irrestrito. “Como vamos falar em êxito no processo de permanência, se nem o primeiro quesito conseguimos cumprir?”, indaga. A Câmara Técnica, por meio do Codese, tem o objetivo de tratar questões educacionais de Goiânia, do ensino básico infantil ao ensino superior, lutando e traçando estratégias para o desenvolvimento do sistema de ensino na cidade.

 

*Matéria publicada no Jornal Diário da Manhã, de 28 de outubro de 2016.

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