A poucos dias da realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que serão realizadas nos próximos sábado e domingo, 8 e 9, em todo o país as dicas são tranquilidade, alimentação saudável, boas noites de sono e uma boa dose de confiança por parte dos candidatos.
A orientação é da diretora pedagógica do pré-vestibular de um colégio de Goiânia, Poliana Alves de Assis, que defende que os jovens precisam acreditar em seu potencial. “Eles devem acreditar que já sabem tudo que precisam para fazer a prova”. Outras recomendações repassadas pela diretora é que os alunos leiam alguns textos mais leves e acompanhem o noticiário para que possam observar o que acontece no cotidiano.
Em relação às disciplinas que estudaram em sala de aula neste ano, e que podem ou não ser revisadas nesta reta final, a diretora pedagógica afirma que cada aluno sabe da sua necessidade. “Portanto, nesse momento, o ideal é priorizar aquelas matérias em que eles têm mais dificuldade e dar uma olhada mais para revisar o conteúdo”, diz Poliana.
Sobre os “aulões” que são ministrados por algumas escolas de Goiânia, a diretora diz não concordar com a prática, pois segundo ela, na última hora não se aprende mais nada. “O que o aluno precisa fazer na última semana é relaxar, assistir TV, dormir, nada de passar a noite estudando, porque ele não vai aprender mais nada”, afirma. Poliana defende que a rotina de estudos é desenvolvida com os alunos no decorrer do ensino médio. “Se os estudantes vêm fazendo esse estudo diário todos os dias, agora na véspera, eles podem relaxar um pouquinho mais”, defende.
Redação
A redação foi a disciplina que apresentou a maior queda no desempenho no Enem de 2013. A professora Lucia Zambom orienta que a leitura seja a primeira coisa que os alunos façam antes de escrever uma redação. Ela se diz receosa com relação ao fato de que o modelo da prova de redação do Enem seja dissertação. “Isso prejudica os alunos, já que eles só se preparam com aquele modelo e se fecham para praticar outros como carta, artigo e editorial”. Segundo Zambon, os alunos não querem ler mais porque se adaptam a fazer apenas a redação-modelo do Enem. “Isso é ruim porque o estudante não se prepara nem para outros vestibulares e, muito menos, para a vida”.
A professora revela que essa tem sido uma de suas primeiras preocupações em relação ao certame. “Nós mostramos aos alunos que, para fazer uma boa redação, ele precisa ler tudo o que lhe cair nas mãos. Ele pode fazer uma excelente dissertação no Enem, mas na vida terá que saber construir outros gêneros textuais”.
Confiantes
Rafael Nunes Gonçalves da Silva, 17 anos, candidato ao curso de Medicina, está na segunda participação do exame. Suas expectativas são de sucesso após a prova do final de semana. “Todos almejam um objetivo e estou correndo para isso, já que tenho tido uma boa preparação para fazer essa prova por todo o meu ensino médio”, diz.
Seu colega, Lucas Martins de Castro Borges Rebello, 20 anos, também é candidato a uma vaga em Medicina e participa do Enem pela terceira vez. “Tenho me empenhado muito para poder me sair bem nas provas. Mas é tão extenuante, que ao chegar a minha casa, desmaio de tanto cansaço”. (O Hoje)
