Pais participativos são segredo para um bom desenvolvimento escolar

Por 02/06/2014 abril 27th, 2022 Gerais, Notícias

Apesar de cumprirem funções diferentes no processo educativo de crianças e jovens, escolas e responsáveis dividem a responsabilidade de formar cidadãos conscientes e capazes. Entretanto, muitos pais, seja pelas longas jornadas de trabalho ou por negligência, acabam depositando nas instituições de ensino toda a função de educar. Especialistas afirmam que a ausência do acompanhamento familiar de qualidade gera lacunas na educação que podem potencializar problemas psicológicos e no aprendizado.

Paulo Pires, professor adjunto da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), defende que crianças e jovens que possuem acompanhamento escolar de qualidade obtêm resultados mais eficientes. “Educar não é um verbo que pressupõe ações apenas nos limites da escola. É preciso acompanhamento dos pais de forma cuidadosa. A participação como uma simples presença física, apenas para autorizar e legitimar que a escola faça com a criança ou jovem aquilo que julgar ser melhor, não é interessante”, garante.

A presença ativa e atenciosa de pais em reuniões e atividades escolares é reconhecida pelo especialista como uma ação de extrema importância por promover o contato direto dos responsáveis com o ambiente escolar, educadores e com a metodologia de trabalho que está sendo desenvolvida. Para os pais que, por vezes, não podem comparecer a tais encontros, Paulo Pires sugere o acompanhamento virtual. “Hoje, vivemos o mundo da imagem. As escolas estão sempre colocando o que estão fazendo em sites e redes sociais. Os pais também podem acompanhar o trabalho da escola por essa trajetória”, afirma.

Achilles Shirol, é pai de Achilles Kemper, de 9 anos. Ele conta que constantemente está atualizado sobre o conteúdo trabalhado na escola por ter o costume de olhar e conversar sobre os deveres de casa com o filho. Ir a atividades e reuniões escolares também estão entre suas estratégias para acompanhar o desenvolvimento escolar de Achilles. E a conexão com a instituição de ensino se intensificou ainda mais este ano após a primeira reprovação do filho “Converso bastante com a escola. Mantemos um acompanhamento conjunto. E este ano estamos ainda mais atentos”, afirma. موقع 365 سبورت
Além de apostar na relação e conexão entre pais e escola, Paulo Pires defende que o bom relacionamento entre pais e filhos é essencial no acompanhamento da educação escolar. “Pais devem estar atentos às representações sociais que os filhos trazem para casa. A partir da atenção a esses aspectos, seja do corpo ou do discurso, eles são capazes de observar necessidades e demandas para estabelecer com a escola”, garante. E para os pais que saem de casa cedo, voltam para casa tarde e só encontram os filhos dormindo, o professor sugere o uso da tecnologia em prol do diálogo. “Os pais podem construir mecanismos, apropriando-se de novas tecnologias para poderem estar atentos ao que seus filhos estão fazendo. مضمار الخيل E dialogar com eles”, afirma.

Jorge Freire é pai de Ana Beatriz, de 10 anos, e diz que sempre se preocupou muito em acompanhar o aprendizado da filha. Jorge conta que faz questão de estar presente em atividades e reuniões escolares, além de complementar o conteúdo trabalhado na escola com atividades culturais. “Sempre tentei acrescentar conteúdos ao que era trabalhado em sala de aula. Por exemplo, se na escola o assunto era meio ambiente, nós visitávamos um museu que apresentasse o tema, tipo Museu da Vida, em Manguinhos, ou líamos um livro que falava sobre o assunto. Procuro enriquecer a formação escolar tentando apresentar outros assuntos e vivências, que muitas vezes não são o foco nas escolas, principalmente nos campos de conhecimento das artes e no esporte”, acrescenta.

Escolas também têm o papel de incentivar a participação dos pais

Escolas também podem valorizar e incentivar a participação dos pais no processo educativo de crianças e jovens. Para aquelas que desenvolvem uma pedagogia tradicional, Paulo Pires sugere que o envolvimento dos responsáveis seja introduzido em aulas pensadas para fora da escola e planejadas com antecedência para que os pais se programem.

Anderson Paulino é vice-presidente do Jardim- Escola Michaelis, associação baseada nos conceitos da pedagogia Waldorf, que tem a participação dos pais como um dos pilares de sustentação fundamental para a instituição. “Somos uma associação mantenedora em que os pais também são os donos da escola. Eles têm participação no conselho, assembléias gerais e reuniões ampliadas, além de suprir necessidades de existência da escola. Os professores cuidam da pedagogia e os pais das necessidades físicas, financeiras e estruturais”, explica. لعبه كنكر Para Anderson, a presença dos pais na escola se reflete diretamente no aprendizado dos alunos. “Penso que o reflexo disso é uma escola mais harmoniosa, coerente onde aquilo que se pensa se traduz naquilo que se faz. Vejo que a criança aprende e se sente mais feliz na escola”, afirma.

Daniela Moreira escolheu para sua filha Isadora, de 8 anos, uma escola orientada na pedagogia Waldorf. Ela conta que, como mãe, representa um elemento constituinte da escola. “Pais são parte da edificação da escola. Eu mesma já participei de um mutirão de jardinagem e o pai da minha filha da construção de brinquedos”, diz.. Para Daniela, sua atuação na escola se reflete diretamente no aprendizado de Isadora. “Quanto mais os pais participam, mais robusta e equipada a escola fica. Na escola Waldorf brinquedo é aprendizado, então, quando construo um brinquedo colaboro para o aprendizado da minha filha”, exemplifica. (Globo Educação)

SepeGo

SepeGo

Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia Saiba mais>>